Obras de revitalização do Parque Ecológico do Sóter estão abandonadas
Sexta-feira, 12 de Fevereiro de 2021 - 03:15 | Redação
As obras de revitalização do Parque do Soter, na região Norte da Capital, estão abandonadas há cerca de um mês. A empreiteira contratada pela prefeitura alega desequilíbrio financeiro e econômico em função da disparada de preços dos materiais de construção e pede o reajuste da planilha. Enquanto o impasse não é solucionado, aos frequentadores do local resta apenas reclamar do abandono, que fica mais patente ainda por conta do mato alto que toma conta de todo o complexo.
De acordo com frequentadores do parque, as obras estão paradas há pelo menos 20 dias. Depois que os egressos do sistema prisional concluíram a recuperação das grades que cercam o complexo, algumas intervenções vinham sendo feitas nos dois pontos de acessos ao complexo. No imóvel que abriga o setor administrativo, foram cavadas valas para a instalação do sistema de aterramento.
No outro ponto de acesso, em frente ao Condomínio Vitalitá, buracos foram abertos nos depósitos de materiais ali existentes e parte da instalação de novos alicerces foi concluída. Segundo servidores do município que cuidam do local, o ritmo das obras, que já era lento, foi reduzido ainda mais depois que bandidos estouraram o cadeado do container onde eram guardados materiais de construção e equipamentos.
Foram levados inclusive fios de cobre que seriam utilizados no sistema de aterramento. Após o furto, a LT Construções e Comércio Ltda, responsável pelas obras, suspendeu suas atividades no local e oficiou à prefeitura solicitando a revisão das planilhas por conta do aumento dos preços dos materiais de construção, segundo informou a assessoria de comunicação do município.
Sem data para retomada
O pedido de reequilíbrio econômico e financeiro do contrato está sob análise e não há previsão de quando será expedido parecer ou mesmo a data de retomada das obras de revitalização.
As reformas foram licitadas em 2019 e a LT Construções e Comércio Ltda venceu a disputa pelo valor de R$ 600,6 mil, conforme extrato publicado na edição de 23 de agosto do mesmo ano, no Diário Oficial de Campo Grande.
Mato alto
Não bastasse a paralisação das obras, os freqüentadores do Parque do Soter enfrentam também problemas como mato alto em todo o complexo. A assessoria de comunicação da prefeitura informou que a roçada é feita a cada 3 meses, lapso de tempo extremamente elevado considerando-se que estamos na época de chuvas constantes.
A roçada mais recente aconteceu em dezembro, o que significa que apenas em março a empresa contratada para realizar esse serviço voltará ao local. A reavaliação da periodicidade da roçada deveria ser levada em conta pela prefeitura. A população com certeza agradeceria.