Venda de refrigerantes em escolas deve ser proibida em todo o País
Quarta-feira, 09 de Agosto de 2017 - 06:40 | Redação
Um projeto de lei que pretende proibir a venda de refrigerantes nas escolas do ensino fundamental, do 1° ao 9° ano, foi aprovado pela Comissão de Constituição e de Justiça da Câmara (CCJ). Com isso, o texto está pronto para ser votado no plenário da Câmara dos Deputados. Se aprovado, será encaminhado ao Senado.
De autoria do deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), primeiro vice-presidente da Câmara, o texto contra a venda de refrigerantes em escolas recebeu parecer favorável do relator, Luiz Couto (PT-BA), e foi aprovado pelos membros da CCJ.
A proposta, segundo o relator, vem em bom momento, “tendo em vista os riscos relacionados ao excesso de consumo de bebidas açucaradas e o aumento dos casos de sobrepeso e de obesidade”.
O relator afirmou ainda que a lei que trata da alimentação escolar estabelece que a merenda deve seguir princípios de alimentação saudável e adequada.
Obesidade infantil - Na justificativa do projeto, Fábio Ramalho afirma que obesidade infantil vem crescendo e, com ela, crescem também as preocupações dos pais em fazerem com que seus filhos percam peso e evitem danos à saúde dentro e fora das escolas .
“Um dos grandes vilões da obesidade infantil é o consumo indiscriminado de alimentos de alto teor energético e pouco nutritivos. Estudos demonstram que uma das maiores fontes de gordura e açúcar na dieta infantil vem dos lanches escolares, que cada vez mais se reduzem a alimentos industrializados e pouco saudáveis, quando não nocivos à saúde,” diz.
Em outro trecho da justificativa, o deputado afirmou também que a obesidade infantil vem acompanhada, em muitos casos, de múltiplas complicações como o diabetes, o aumento dos níveis de colesterol no sangue, a hipertensão arterial e outros problemas cardiovasculares. Segundo o texto, a obesidade já atinge cerca de 10% das crianças brasileiras e os refrigerantes, que os pequenos tanto adoram são os grandes vilões.