Óbitos por câncer de próstata diminuem 46% no Estado, mas prevenção ainda é desafio
Segunda-feira, 06 de Novembro de 2017 - 07:10 | Redação
Em um período de dois anos, de 2015 a 2017, o número de mortes por câncer de próstata em Mato Grosso do Sul diminui mais de 46%. Conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), 120 homens morreram por causa da doença de janeiro a novembro deste ano. Já em 2015, foram registradas 223 mortes em Mato Grosso do Sul. A boa notícia se deve muito às campanhas educativas realizadas, principalmente no Novembro Azul, como afirmou o coordenador de Urologia da SES, o médico Nelson Trad Filho.
“Por causa das campanhas, o número de mortes. As pessoas descobrem mais rápido o câncer e iniciam o tratamento de forma adequada. Isso reflete nesses números”, disse Trad.
Na quarta-feira (1º.11), o Governo do Estado, por meio da SES, lançou a campanha Novembro Azul, uma mobilização de conscientização sobre a saúde do homem e a prevenção com o câncer de próstata. “O câncer de próstata é a terceira maior causa de morte entre os homens e quando descoberto na fase inicial apresenta 100% de chances de cura”, explicou a gerente estadual de Atenção Básica da SES, Karine Cavalcante da Costa.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é o sexto tipo mais comum no Brasil. A doença é também o segundo câncer mais frequente no homem e a segunda causa de morte por câncer no sexo masculino. Em 2015, a estimativa era que 69 mil casos diagnóstico, ou seja, a cada 7,6 minutos uma descoberta era feita.
Apesar da queda no número de óbitos, a quantidade de casos tem crescido. Em 2010, foram registrados 800 novos casos da doença em Mato Grosso do Sul. Entre 2016 e 2017 esse número saltou para 1,1 mil homens diagnosticados com o câncer de próstata. Na Capital, saltou de 280 para 490 neoplasias no mesmo período anterior.
A prevenção ainda é um desafio entre os homens devido ao preconceito com o exame de toque retal. No entanto, o exame, o único adequado para verificar a próstata, demora, no máximo, 15 segundos e é praticamente indolor.
“Alguns homens tem medo do exame, mas é muito simples. É o medo de ficar impotente, prefiro morrer do que ser impotente. Alguns acham que vão ter que viver com fralda e também fogem do consultório. No entanto, isso são casos isolados, uma porcentagem minima e não justifica fugir da consulta. Já conseguimos perceber uma grande mudança comportamental entre os homens, apesar de tudo. Quando a gente explica direitinho, o sujeito mesmo com preconceito, se submete ao exame”, explicou Trad.