PSDB punirá quem votar contra a reforma
Domingo, 17 de Dezembro de 2017 - 13:39 | Redação
O governador de São Paulo e presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, afirmou que seu partido irá punir o deputado que não apoiar a proposta de reforma da Previdência, cuja votação foi marcada para ocorrer somente no dia 19 de fevereiro, após o carnaval de 2018.
O PSDB foi o segundo partido a fechar questão a favor do pacote de alterações nas regras para acesso à aposentadoria (o PMDB, do presidente Michel Temer, foi o primeiro). Na reunião da cúpula tucana realizada nesta semana, no entanto, não foram discutidas as eventuais punições aos parlamentares da legenda que desrespeitarem a orientação do partido. A imposição de sanções aos 'infiéis' é uma das principais premissas do fechamento de questão.
"Terá punição, mas o nosso momento não é de discutir isso, é de convencimento", disse o Geraldo Alckmin.
O PSDB e a reforma - Pré-candidato à Presidência nas eleições do ano que vem, Alckmin foi eleito presidente nacional do PSDB no sábado passado (9), após a desistência dos demais candidatos, o senador Tasso Jereissati (CE) e o governador de Goiás, Marconi Perillo. O governador paulista desde então passou a apoiar a reforma da Previdência, principal bandeira do governo Michel Temer neste momento.
Foi Alckmin quem convocou a reunião da executiva nacional tucana para a última quarta--feira (13), quando foi definido o fechamento de questão a favor da proposta. Mas diferentemente do PMDB, onde os deputados 'infiéis' estarão sujeitos a serem impedidos de participar de comissões e de exercer atividades nos diretórios do partido, o PSDB não discutiu possíveis punições.
O PSDB possui atualmente 46 deputados no exercício do mandato e pode ser determinante para a aprovação do pacote de mudanças no sistema previdenciário do País. O texto precisa de ao menos 308 votos para ser aprovado no plenário da Câmara dos Deputados – número que até o momento não foi alcançado, conforme as contas do Planalto.
A redação da proposta de reforma da Previdência está pronta para ir a votação desde maio deste ano, mas teve sua tramitação paralisada por conta da crise política decorrente das denúncias do empresário Joesley Batista contra o presidente Michel Temer. Além do peemedebista, o então presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), também teve sua imagem ferida pelas acusações dos executivos da JBS.