20 de Maio de 2024

Governo ampliou de 40 para 74 milhões de reais ao ano ICMS cobrado do JBS no Estado

Segunda-feira, 22 de Maio de 2017 - 14:56 | Redação

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Governo ampliou de 40 para 74 milhões de reais ao ano ICMS cobrado do JBS no Estado

Depois de classificar como "mentiras deslavadas" as acusações do empresário Wesley Batista segundo as quais ele teria cobrado propina para que a empresa pudesse obter incentivos fiscais em Mato Grosso do Sul, o governador Reinaldo Azambuja atribuiu hoje a possível retaliação as declarações feitas pelo dono do JBS. Isso porque a empresa, que até o final de 2014 recolhia cerca de R$ 40 milhões ao ano em ICMS, fechou 2016 com o recolhimento de R$ 73 milhões, quase o dobro, em função da nova política de incentivos fiscais adotada em Mato Grosso do Sul pelo governo do Estado.

As declarações do governador foram feitas na tarde desta segunda-feira em coletiva de imprensa convocada para esclarecer as denúncias feitas por Wesley e Joesley Batista, donos da J&F, controladora do JBS, em acordo de delação premiada fechado com a Procuradoria Geral da República. "Parece que só o lado do delator traz a verdade. Vou até as últimas consequências para provar que são mentirosas as acusações deste bando que usurpou nosso País e que hoje frui das benesses conquistadas", disse Reinaldo Azambuja.

Governo ampliou de 40 para 74 milhões de reais ao ano ICMS cobrado do JBS no Estado

Segundo o governador, a partir de 2015 passou a vigorar uma nova lei de incentivos fiscais em Mato Grosso do Sul. Até então, o JBS tinha acesso a benefícios que não eram estendidos aos demais frigoríficos em operação no Estado, apesar de todas as plantas fazerem parte do mesmo segmento industrial. Estabelecidas as novas regras, o governo não renovou – nos termos até então vigentes –  uma série de acordos de incentivos fiscais que mantinha com o grupo.

A intenção do governo com a nova política de incentivos fiscais era a de tratar com isonomia todas as plantas em operação no Estado, visando sempre a ampliação da oferta de empregos e a justiça tributária. "Buscamos implantar uma política de resultados. Obtemos êxito, mas parece que isso não agradou a alguns integrantes do segmento. Em função disso, hoje outros 31 frigoríficos instalados no Estado têm os mesmos incentivos aos quais o JBS tem acesso", garantiu Reinaldo Azambuja.

Visitas - Ele informou ainda que a partir de amanhã vai dar início a uma série de reuniões com integrantes do Poder Legislativo, Judiciário, Tribunal de Contas, Ministério Público Estadual, Defensoria Pública e entidades de classes como Famasul, Fiems, Fecomércio e sindicatos, dentre outras, a fim de prestar esclarecimentos sobre as acusações de Joesley e Wesley Batista.

“Uma pessoa que acusa baseada apenas num acordo de delação para se livrar do crime que cometeu durante anos no País deve, no mínimo, apresentar provas comprobatórias daquilo que está acusando. Quanto às declarações sobre a minha conduta, estou tranquilo na posição de governador de Mato Grosso do Sul e como pessoa física”, finalizou.

 

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