19 de Maio de 2024

Abin diz que neonazistas se juntaram aos atos golpistas

Quinta-feira, 31 de Agosto de 2023 - 09:30 | Redação

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Abin diz que neonazistas se juntaram aos atos golpistas

Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apontou em um relatório que grupos neonazistas buscaram se associar com os atos golpistas que surgiram após a derrota de Jair Bolsonaro (PL), nas eleições presidenciais de 2022. Segundo o relatório que foi divulgado pelo jornal O Globo nesta quarta-feira (30), os grupos supremacistas utilizavam bandeira que simboliza a ideologia capitaneada por Adolf Hitler.

A Abin identificou cinco grupos no aplicativo de mensagem Telegram. Ao todo, eles somam cerca de 2.800 membros, e estimulam ideias de “narrativas de deslegitimação” das instituições.

O relatório foi produzido entre 25 de novembro e 1º de dezembro de 2022, momento em que as tensões sociais no país cresciam. No Brasil, diversos manifestantes bolsonaristas haviam fechado as estradas e ocupado os QGs do Exército em atos golpistas, pedindo que tivesse uma atuação da corporação contra os resultados das urnas. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu as eleições presidenciais, com 50,9% dos votos válidos.

As células neonazistas haviam crescido no país no último ano. Desde 2019, tais grupos cresceram mais de 270%, segundo um estudo da antropóloga Adiana Dias. 

No relatório, a Abin ressalta: "Até o pleito eleitoral de 2022, não se identificava histórico de envolvimento sistemático de grupos supremacistas e neonazistas com pautas políticas e manifestações. Apesar disso, em monitoramento de grupos virtuais utilizados para disseminação de conteúdo supremacista na conjuntura eleitoral, observou-se aumento da interação e da visualização”.

Os eixos de atuação dos grupos supremacistas após as eleições teria sido, segundo a Abin, o levantamento de suspeitas de fraude nas urnas, apoio aos bloqueios de estradas e na disseminação de panfletos que convocam à "luta contra comunistas”.

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