Justiça barra divulgação de pesquisa eleitoral feita pelo Instituto Veritá na Capital
Uma das irregularidades foi a não indicação da origem dos recursos despendidos no levantamento
Sexta-feira, 26 de Julho de 2024 - 10:42 | Redação
Por conter uma série de irregularidades, pesquisa eleitoral feita em Campo Grande pelo Instituto Veritá teve a sua divulgação barrada pela Justiça. A suspensão se deu por meio de liminar em ação movida pela Federação PSDB/Cidadania, do candidato a prefeito Beto Pereira (PSDB).
Ao requerer a suspensão da divulgação, a Federação alegou que no processo para a realização do levantamento o Instituto Veritá infringiu o art. 2º da Resolução TSE n. 23.600/19. Uma das irregularidades apontadas foi a não indicação da origem dos recursos despendidos na pesquisa.
Também não foi comprovada a regular inscrição do estatístico Guilherme Alvarenga Laia no Conselho Regional de Estatística da 1ª Região e o questionário continha perguntas (10 a 14) que buscavam avaliar intenções de voto para as eleições estaduais e presidenciais de 2026, apesar de o registro estar limitado às eleições municipais de 2024.
A liminar foi expedida pelo juiz eleitoral Francisco Vieira de Andrade Neto. Ele observou a falta de transparência quanto à origem dos recursos e a inclusão de questões sobre eleições futuras, em desacordo com as normas vigentes.
Em função disso, o magistrado determinou a suspensão e proibição da divulgação do resultado da pesquisa registrada sob o número MS-08245/2024. A decisão inclui multa diária de R$ 2.000,00, com um teto de 30 dias, para o caso de descumprimento.
O juiz também ordenou que o Instituto Veritá Ltda e o Ministério Público Eleitoral apresentem suas razões.