14 de Outubro de 2024

Eike deverá citar Lula, Mantega e Cabral em delação

Sábado, 15 de Julho de 2017 - 08:07 | Redação

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Eike deverá citar Lula, Mantega e Cabral em delação

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro Guido Mantega e o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) deverão ser citados pelo empresário Eike Batista em sua possível delação premiada, que já está sendo preparada por seus advogados.

De acordo com Eike Batista, sua colaboração já deveria ter sido feita desde que foi preso, em janeiro, mas os procuradores da força-tarefa fluminense não ficaram muito interessados nas informações que o empresário poderia fornecer.

Agora, Eike, que se encontra em prisão domiciliar, quer tentar fechar um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). A defesa do empresário está levantando arquivos e dados de executivos e ex-funcionários de seu grupo, EBX, que sirvam de provas para o órgão.

Conforme confirmado pelo jornal Folha de São Paulo, Eike deve relatar o lobby feito por Lula em favor de sua companhia. Segundo o empresário, o ex-presidente não recebeu propina pela defesa de seus interesses.

No entanto, informações detalhadas sobre o que Eike já havia revelado à Lava Jato, em depoimento no ano passado, em Curitiba, que dizem respeito ao repasse de R$ 5 milhões ao marqueteiro João Santana utilizado no abatimento das dívidas que foram decorrentes da campanha do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, poderão vir à tona.

Já sobre Cabral, Eike deverá falar sobre o repasse que tornou o ex-governador do Rio de Janeiro réu na Justiça Federal do estado, confirmando a propina de US$ 16,5 milhões pagas no exterior.

Além disso, alguns favores foram feitos por parte do empresário ao político e devem ser detalhados durante o depoimento, como, por exemplo, o empréstimo de um jatinho ao peemedebista, assim como outros pedidos feitos por Cabral em troca de benefícios para  os negócios do empresário.

Resistência - Um dos motivos que justificam a resistência dos procuradores cariocas é que, na análise do Ministério Público Federal, Eike teria mentido sobre o repasse de R$ 1 milhão ao escritório da esposa de Cabral, Adriana Ancelmo.

O empresário havia informado à força-tarefa que a banca havia sido indicada pela Caixa Econômica Federal, que tinha relação com a REX por conta de uma parceria em um empreendimento imobiliário. Contudo, o banco negou a informação.

O depoimento de Eike Batista, que estava previsto para ontem, deverá acontecer no dia 31, quando Cabral também falará à PGR.

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