Carmén Lúcia recebe apoio para manter prisão após segunda instância
Terça-feira, 20 de Março de 2018 - 13:42 | Redação
É cada vez maior o movimento nas redes sociais em apoio à ministra Carmén Lúcia, presidente do STF, que nas últimas semanas vem sendo pressionada por políticos, advogados e até por colegas de Corte para que o plenário discuta novamente o cumprimento de pena por réus cuja condenação foi confirmada em segunda instância. A rediscussão do tema interessa a diversos políticos condenados no âmbito da Operação Lava Jato, dentre os quais o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT).
Na tarde de hoje, liderados pelo ministro Celso de Mello, os membros do STF aguardavam convite para reunião com a presidente do Supremo para tratar a questão. O encontro não ocorreu, mas não está descartada uma manobra regimental que constranja a magistrada e ela, enfim, ceda às pressões para colocar a matéria em discussão novamente.
A prisão imediata após consumado todos os recursos na instância recursal que confirmou a condenação de primeiro grau, foi pacificada em 2016, por 5 votos a 6. No entanto, como agora se trata de um condenado ilustre, o ex-presidente Lula, políticos que já cumprem pena na cadeia, advogados e alguns ministros do STF querem rever a matéria.
"O fim da prisão em segunda instância faria retroceder em 50 anos o combate à corrupção. As inúmeras possibilidades de recurso fariam os crimes prescreverem. Não haveria mais motivo para que alguém fizesse colaboração premiada”, disse a ministra em entrevista à Revista Época na semana passada.
Redes sociais - Nas redes sociais, a palavra de ordem é “Resista Carmén Lúcia”. O site de notícias “O Antagonista” é um dos que lançaram campanha de apoio à ministra. Nas imediações do STF foi estendida uma faixa com apalavras de apoio à ministra, que à imprensa declarou que se submeter às pressões seria o mesmo que apequenar o STF.