16 de Janeiro de 2025

Tenente Portela é indiciado pela PF por tentativa de golpe de Estado

Suplente da senadora Tereza Cristina arrecadou dinheiro de bolsonaristas para viabilizar o golpe

Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2024 - 17:13 | Redação

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Tenente Portela é indiciado pela PF por tentativa de golpe de Estado
Tereza Cristina, Jair Bolsonaro e o Tenente Portela (Reprodução)

A Polícia Federal (PF) indiciou no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado o Tenente Portela, primeiro suplente da senadora Tereza Cristina (PP-MS). Em conversas interceptadas com ordem judicial, o militar da reserva usava o termo "churrasco" para se referir ao plano de impedir a posse do presidente Lula.

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Amigo do ex-presidente Jair Bolsonaro há décadas, Aparecido Andrade Portela foi indiciado juntamente com outros dois militares, elevando para 40 o total de envolvidos no caso.

O outros dois investigados e que acabarm sendo indiciados são Reginaldo Vieira de Abreu, ex-chefe de Gabinete do general da reserva Mario Fernandes na Secretaria-Geral da Presidência, e o militar Rodrigo Bezerra de Azevedo, do Exército, acusado de participar do monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a PF, o tenente atuou como "intermediário" entre o governo de Jair Bolsonaro e financiadores das manifestações antidemocráticas residentes em Mato Grosso do Sul.

Registros de entrada e saída no Palácio da Alvorada mostram que Portela realizou ao menos 13 visitas a Bolsonaro só em dezembro de 2022, último mês da administração do ex-presidente.

A PF aponta também que o tenente e Bolsonaro são amigos próximos desde a década de 1970, quando serviram na cidade de Nioaque (MS).

De acordo com os investigadores, mensagens trocadas no aplicativo WhatsApp entre Portela e o tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens de Bolsonaro, mostram que ele utilizou o termo "churrasco" para fazer referência à trama golpista que se desenrolava no fim de 2022.

A PF constatou que Portela repassou a Mauro Cid “a informação de que pessoas que financiaram os atos antidemocráticos, utilizando o termo ‘colaboração da carne’, estariam cobrando a consumação do ato de ruptura institucional pelo presidente Jair Bolsonaro”.

Para os investigadores, as trocas de mensagens confirmam a atuação de Aparecido Portela na organização criminosa. Em depoimento prestado à PF em 28 de novembro, o tenente ficou calado.

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