13 de Setembro de 2024

Grupo furtava milhas de deputados e vendia passagens aéreas na deep web

Segundo as investigações, hackers invadiam as contas de empresas de agências de turismo do Distrito Federal

Quarta-feira, 31 de Julho de 2024 - 14:24 | Redação

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Grupo furtava milhas de deputados e vendia passagens aéreas na deep web
Um dos imóveis onde a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão (PCDF/Divulgação)

A Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) do Distrito Federal prendeu um homem apontado como líder de uma suposta organização criminosa especializada em furtos de milhas de viagens. 

Segundo os investigadores, os hackers do grupo invadiam as contas de empresas de agências de turismo do Distrito Federal, além de contas de programas de milhas de viagem de pessoas físicas com grande pontuação neste sistema, e emitiam bilhetes conhecidos como “passagens de desistência”, cujo embarque ocorreria em no máximo três dias, no intuito de as companhias aéreas não perceberem o golpe e cancelarem as passagens.

Segundo os investigadores, muitos parlamentares estão entre as vítimas, já que no exercício de sua função institucional, recebem verbas para viagens oficiais, acumulando grande pontuação de milhas.

A sede do grupo seria em Campo Grande e por isso a corporação da capital federal contou com a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Ao todo, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão de bens suntuosos, bloqueios de contas e sequestro de carro de luxo em Campo Grande.

“As evidências virtuais coletadas nos equipamentos informáticos serão periciadas pelo Instituto de Criminalística (SPI/IC/PCDF), sobretudo, para identificar o método de invasão utilizado pelos hackers, o uso de cartões de créditos falsificados, provavelmente, conseguidos em grupos da Dark Web, a suspeita de expedição de passagens para pessoas ligadas ao narcotráfico, vulgarmente conhecidas como ”mulas”, e a lavagem de dinheiro”, afirmou a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Crimes

Caso sejam condenados, os investigados podem pegar até 39 anos de prisão, pelos crimes de associação criminosa, invasão de dispositivos informáticos, falsidade ideológica, furto qualificado pela fraude cibernética, estelionato mediante fraude eletrônica e lavagem de capitais.

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