07 de Setembro de 2024

Israelenses deflagram greve geral para exigir do governo a libertação de reféns

Descoberta de corpos desses reféns gerou grande manifestação no país

Segunda-feira, 02 de Setembro de 2024 - 08:19 | Redação

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Israelenses deflagram greve geral para exigir do governo a libertação de reféns
Manifestantes bloqueiam o cruzamento de Kfar HaYarok no norte de Tel Aviv, em 2 de setembro de 2024. (Zohar Ben-Yehuda)

A greve geral desta segunda-feira (2) em Israel foi convocada pela central sindical Histadrut e visa a aumentar a pressão sobre o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para a libertação dos reféns detidos em Gaza desde o ataque de 7 de outubro. 

Nesse domingo, o anúncio, pelo Exército israelense, da descoberta dos corpos de seis reféns provocou grandes manifestações no país.A greve geral afeta vários setores. No aeroporto de Ben Gurion, em Tel Aviv, dezenas de passageiros tentam prosseguir viagem após o adiamento de alguns voos, informa a agência France Presse.

De acordo com um porta-voz do aeroporto, não houve decolagens entre as 8h e as 10h (horário local).

A greve atinge sobretudo as cidades de Tel Aviv e Haifa, onde as escolas e as universidades estão fechadas nesta segunda-feira. Há também centros comerciais, portos e ministérios do governo fechados.

A ação de protesto foi convocada pela poderosa central sindical israelense Histadrut, a maior do país, com o objetivo de pressionar o governo. Os manifestantes exigem que Netanyahu assine o acordo para a libertação dos reféns que permanecem detidos em Gaza desde o ataque do Hamas, em 7 de outubro.

Ontem, o Exército israelense anunciou a recuperação de seis corpos de reféns, o que provocou manifestações massivas por parte da população, que atribui culpas ao primeiro-ministro por não ter alcançado um acordo de cessar-fogo com o Hamas.

Em comunicado, o Hamas sugeriu que o grupo de reféns morreu na sequência de um ataque aéreo de Israel. As Forças de Defesa de Israel (IDF) descreveram a declaração como “guerra psicológica”.

Ao longo de vários meses, os Estados Unidos, o Catar e Egito têm procurado mediar um acordo entre Israel e o grupo palestino que assegure o fim dos ataques em Gaza e a libertação dos reféns.

O principal representante da central sindical Histadrut, Arnon Bar-David, acusou Netanyahu de tentar frustrar qualquer acordo para manter intacta a coligação de governo.

“É inconcebível que as nossas crianças morram em túneis devido a interesses e cálculos políticos”, afirmou.

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