07 de Setembro de 2024

Suplente de deputado pede suspensão do "Programa do Ratinho" por LGBTfobia

Agripino Magalhães Júnior, do Psol, protocolou denúncia junto ao MP de São Paulo

Sábado, 24 de Agosto de 2024 - 11:00 | Redação

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Suplente de deputado pede suspensão do Programa do Ratinho por LGBTfobia
O apresentador Carlos Roberto Massa, conhecido como Ratinho (Foto: Divulgação/SBT/RD1)

Suplente de deputado estadual por São Paulo, Agripino Magalhães Júnior (PSol) protocolou, nesta sexta-feira (23) uma denúncia junto ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra o apresentador Carlos Roberto Massa, mais conhecido como Ratinho, e seu programa exibido no SBT. Quem assina a peça é o advogado Ângelo Carbone.

A ação solicita a suspensão do programa até que ele esteja “em conformidade com as normas legais”, além de pedir o afastamento do apresentador por pelo menos um ano.

O deputado suplente já havia denunciado Ratinho em junho de 2023, quando alegou que o apresentador cometeu calúnia, difamação, ameaça e LGBTQIA+fobia. Isso porque, durante a transmissão de seu programa em 26 de junho de 2023, Ratinho criticou a realização da Parada Gay na Avenida Paulista, em São Paulo, e sugeriu que o evento fosse transferido para o sambódromo.

“Deixa a Avenida Paulista para a família, para ir lá brincar com as crianças. Faz a Parada Gay lá no diabo do sambódromo. Lá pode, porque na minha opinião, a Parada Gay é um outro carnaval dos infernos. Parada Gay é um carnaval dos viados e das sapatão, é minha opinião”, afirmou Ratinho em rede nacional.

Segundo a denúncia, as declarações do apresentador configuram crime de racismo e injúria racial, tipificados como LGBTQIA+fobia, conforme a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2019. A decisão equiparou a LGBTQIA+fobia ao racismo, tornando-a crime com penas que variam de 1 a 5 anos de prisão, dependendo da gravidade do caso.

A denúncia também ressalta a importância de combater a homofobia e a transfobia em todas as suas formas. “Desrespeito ao próximo, atacando a sexualidade das pessoas, não é piada. É LGBTQIA+fobia! É crime!” enfatizou Magalhães Júnior. Ele reforçou que atos de preconceito e discriminação não podem ser tolerados e que a justiça deve agir com rigor para penalizar os responsáveis por esses crimes.

A reportagem não conseguiu contato com o SBT, emissora responsável pelo programa televisivo. O espaço, contudo, permanece aberto e o texto poderá ser atualizado se houver manifestação do apresentador ou de representantes.

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